quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A condição de um pássaro.

Se soltarmos um pássaro de uma gaiola que fôra seu mundo e seu horizonte, e o jogarmos ao mundo lá fora, mesmo que num gesto de puro amor, o daremos a morte, pois da liberdade de suas asas este pássaro nada entenderá. Se pegarmos um pássaro das ruas e predê-lo em uma gaiola, para que seja nosso belo amigo cantador das manhãs em nosso quarto, o daremos a morte também, pois em desespero, suas asas não saberão não bater fortemente em disparada rumo a perigosa aventura da liberdade que há mundo afora. Eis que nesta simples comparação, traça-se dois caminhos fatais, que ironicamente, são feitos de um puro amor que se eleva e desmede a razão, que por sua vez, torna-se pesada demais em seu lado da balança. A balança, ora veja, sequer teria sido percebida até este momento. 

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